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Um minuto, 32 segundos, 33 passes e um gol

Publicada em 28/03/25 às 12:34h - 47 visualizações

por Roberto Jardim


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 (Foto: Conmebol / Divulgação)
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Existe um fator no segundo gol da Argentina na goleada de 4 a 1 sobre o Brasil que precisamos entender. O lance todo, que terminou com Enzo Fernández colocando a bola na rede, aos 12 minutos do primeiro tempo, durou exato um minuto e 32 segundos e 33 passes.

E foi UM MINUTO E 32 SEGUNDOS de uma aula de futebol dada por Lionel Scaloni.

Muito se fala por aqui que o técnico da Seleção Brasileira tem pouco tempo para treinar a equipe. Afinal são duas semanas a cada um ou dois meses, mais os períodos de competições - cerca de um ou dois meses a cada dois anos. Daí, explicam alguns, as dificuldades enfrentadas a cada rodada das Eliminatórias, nos amistosos e nas últimas copas América e do Mundo, quando o time de verde-amarelo tem caído invariavelmente nas oitavas de final. Também se fala, desde o Mundial do Qatar, da ausência de Neymar e da tal “neymardependência” que vive o escrete canarinho.

Se esquecem esses analistas que o tempo de treino é igual para todos.

Pois, o que a Argentina mostrou ao dar um baile, sem seu principal nome, o fora de série Lionel Messi, é que esse tempo “escasso” é suficiente. O que fez aos 12 minutos da partida de terça-feira (25), sem seu craque, indica exatamente o contrário do que os analistas comentam por aqui. Ou seja, revela que, mesmo com duas semanas a cada um ou dois meses, é possível ensaiar sim. E muito. E muito bem.

O que o time de Scaloni aprontou, colocando o Brasil na roda ao trocar infinitos 33 passes em um minuto e 32 segundos, chamar os brasileiros para o seu campo e avançar de forma efetiva para, finalmente, marcar um gol, não é algo aleatório, que não precise de treino.

Muito pelo contrário. Por mais desarrumado que o adversário esteja - e o Brasil tem estado, seja com Fernando Diniz ou, agora, com Dorival Júnior -, nenhum time sem conhecimento dos seus movimentos em campo troca tantos toques na bola, envolve tanto o adversário e sai comemorando sem muito trabalho. E esse conhecimento dos movimentos exige treino.

Trabalho não é só treino. É estudo. É dedicação. Tudo que, parece, a Seleção não tem demonstrado fazer nos últimos anos.

Isso, claro, é só a ponta do iceberg que é a crise no futebol nacional. Tem muito mais - a desorganização da CBF, a anuência de federações e clubes a isso, o desinteresse do torcedor pela escrete e, até, um pouco de culpa da imprensa ao longo dos anos. Mas isso são outros pontos.

O que queria ter falado é falei, mesmo, era sobre esse um minuto e 32 segundos, seus infinitos 33 passas e do gol de Enzo Fernández.

Roberto Jardim 

(Democracia Fútbol Club)



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