Sexta-feira 13, uma data que remete a superstições, azar e histórias de arrepiar. Enquanto muitos associam esse dia ao Halloween, com bruxas, fantasmas e monstros à espreita, no mundo do futebol, a magia é diferente, mas não menos misteriosa. O esporte das multidões tem sua própria versão de misticismo e, às vezes, parece que o azar se mistura aos gramados, deixando jogadores e torcedores com um frio na espinha.
Nos estádios, qualquer detalhe pode virar uma história assombrada. Desde gols perdidos de forma inexplicável até bolas que parecem ganhar vida própria, o futebol e a sexta-feira 13 compartilham uma relação especial, onde tudo pode acontecer. Quem nunca ouviu falar do zagueiro que, em um dia assim, marcou contra a própria meta com um desvio “sobrenatural”? Ou do goleiro que, de repente, vê a bola desviar no último segundo e entrar no ângulo, como se alguma força invisível tivesse empurrado a redonda para o fundo da rede?
O futebol também tem suas maldições históricas, que parecem ganhar força em datas como essa. No Beira-Rio, por exemplo, a lenda do sapo enterrado assombra a torcida do Internacional desde os anos 70. A história diz que, após um desentendimento entre um ex-funcionário do clube e a diretoria, o homem teria enterrado um sapo vivo nas fundações do estádio, rogando uma praga sobre o Colorado. Verdade ou não, o Inter viveu anos de jejum até exorcizar seus fantasmas, mas a lenda permanece viva entre os torcedores, especialmente em dias carregados de misticismo.
E quem não se lembra do Vasco da Gama? O clube carioca enfrentou 12 longos anos de seca de títulos após a conquista do Campeonato Brasileiro de 2000. Nesse período, muitos vascaínos se perguntavam se o clube não estaria amaldiçoado. Foram derrotas improváveis, crises internas e momentos de puro drama. Para os supersticiosos, o Vasco parecia vítima de alguma maldição, até que, em 2011, com a vitória na Copa do Brasil, o gigante finalmente espantou os fantasmas que o assombravam.
Assim como os contos de Halloween, o futebol também é repleto de histórias sobre maldições. Clubes que não conquistam títulos há décadas, torcidas que juram que estádios são amaldiçoados, e jogadores que passam por longos jejuns de gols. A sexta-feira 13 amplifica essas lendas, trazendo à tona o lado místico do futebol. Quando a torcida entra em campo com suas camisas e amuletos, é quase como se estivessem enfrentando forças maiores.
No entanto, o futebol, assim como a vida, é imprevisível. A beleza do esporte está justamente na sua capacidade de surpreender, de transformar o azar em sorte e de fazer com que, mesmo em uma data tida como maldita, grandes heróis surjam para mudar o curso de uma partida. No fim, seja em uma sexta-feira 13 ou em qualquer outro dia, o futebol continua sendo um espetáculo em que o imprevisível, o drama e até o terror fazem parte da narrativa.
Então, ao soar o apito inicial, lembre-se: em dias como hoje, o futebol é ainda mais emocionante. Afinal, quem sabe o que o destino — ou o sobrenatural — reserva para os próximos 90 minutos?
Robert Abel