O caso Lucca Drummond envolve suspeitas sobre a contratação do jovem atacante pelo Internacional, levantadas pelo jornalista Thiago Suman. O foco das acusações recai sobre Magrão, o então Diretor de Futebol do clube, que teria desempenhado um papel controverso nessa transação.

Contexto e Suspeitas

Lucca Drummond, um atacante de 20 anos, foi contratado pelo Internacional e rapidamente promovido ao time profissional, mesmo após alegadamente ter sido reprovado em avaliações nas categorias de base do clube. Essa decisão levantou questionamentos, pois, em circunstâncias normais, um jogador reprovado não teria um caminho tão rápido para o elenco principal.

O jornalista Thiago Suman investigou o caso e apresentou um dossiê com uma série de evidências que apontam para uma possível irregularidade na contratação de Drummond. As principais suspeitas giram em torno de um possível conflito de interesses envolvendo Magrão, que antes de assumir o cargo no Internacional, era associado a empresas de agenciamento de jogadores.

Acusações e Provas Apresentadas

Suman trouxe à tona as seguintes acusações e evidências:

• Suposta Reprovação nas Categorias de Base: Lucca Drummond teria sido reprovado nas avaliações da base do Inter, mas, mesmo assim, foi contratado para o time principal, o que levantou suspeitas de que o processo de contratação não seguiu os procedimentos normais.

• Envolvimento de Magrão: O jornalista sugere que Magrão, que antes de se tornar Diretor de Futebol do Inter tinha ligações com agências de jogadores, poderia ter influenciado a contratação de Drummond de forma indevida. Magrão teria atuado como intermediário ou facilitador dessa contratação, o que indicaria um possível conflito de interesses.

• Contratos e Comunicações: Suman alega ter obtido prints de conversas e documentos que mostram Magrão em contato com o empresário do jogador durante o processo de contratação. Além disso, ele sugere que Magrão ainda mantinha ativa sua relação com empresas de agenciamento de atletas, mesmo após assumir o cargo no clube, contrariando as normas que exigem total desvinculação de tais atividades ao ocupar um cargo de direção em clubes de futebol.

Defesa de Magrão e Desdobramentos

Magrão negou todas as acusações, alegando que a contratação de Lucca Drummond foi realizada dentro dos padrões normais e que ele não teve nenhuma atuação irregular no processo. Ele também afirmou que havia deixado de atuar como empresário de jogadores desde 2019, e que qualquer participação em negociações anteriores à sua chegada ao Inter não tem relação com suas funções atuais no clube.

No entanto, a pressão da torcida e a repercussão negativa da matéria de Suman, junto às acusações que seguiram, levaram à demissão de Magrão. O presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, embora tenha defendido Magrão em algumas questões, admitiu que as acusações e o clima de desconfiança acabaram por comprometer o trabalho do diretor, influenciando a decisão de desligá-lo.

Conclusão

O caso Lucca Drummond é um exemplo de como suspeitas de irregularidades podem impactar a gestão de um clube, mesmo quando não há provas definitivas de má conduta. As acusações levantadas por Suman colocaram em xeque a integridade do processo de contratação de jogadores no Internacional, contribuindo para uma crise interna que resultou na demissão de um dos principais dirigentes do clube.