Após o empate em 2 a 2 com o Athletico-PR na noite deste domingo (11), que marcou o 12º jogo consecutivo sem vitória do Internacional na temporada, o presidente Alessandro Barcellos anunciou o desligamento do Diretor Esportivo, Magrão. A decisão foi tomada em meio a uma série de críticas e suspeitas de irregularidades na gestão do futebol colorado.
Motivos para a saída
Em seu comunicado, Barcellos justificou a demissão como uma tentativa de corrigir os rumos do clube em um momento delicado. “Infelizmente, os resultados não foram satisfatórios, e em um ambiente de profissionalização que vivemos hoje no futebol brasileiro, é necessário tentar corrigir rumos, fazendo mudanças para que possam somar e trazer resultados diferentes. Essas avaliações são permanentes, dentro de um contexto mais amplo”, explicou Barcellos.
O presidente também abordou as acusações que surgiram nas últimas semanas, especialmente após a divulgação de um dossiê pelo jornalista Thiago Suman. O documento apontou uma suposta participação irregular de Magrão na contratação do jovem atacante Lucca Drummond, de 20 anos, que estreou pelo time profissional do Inter apesar de supostamente ter sido reprovado em avaliações nas categorias de base do clube.
Barcellos tentou minimizar a relação entre Magrão e a contratação de Drummond, afirmando que a aquisição foi feita dentro dos processos normais do clube. “A contratação do Lucca Drummond se deu dentro dos processos que acontecem centenas de vezes nas categorias de base. Não tem relação nenhuma com atividade anterior do Magrão. A contratação do Magrão tinha uma cláusula com uma incompatibilidade com qualquer outro trabalho que ele exercia. Inclusive, foi apresentado um atestado, fornecido pela CBF, de que a empresa que o Magrão trabalhava, de agenciamento de jogadores, estava inativa a partir daquele momento”, declarou o presidente.
Defesa e acusações
Barcellos também negou ter autorizado a contratação do filho de Magrão para as categorias de base do clube, conforme áudio vazado do próprio garoto. “Quero deixar claro que esse assunto jamais foi autorizado por este presidente. Porque foi dito, a partir do áudio do filho do Magrão, que eu teria autorizado. Não autorizei. Nem pela questão técnica, porque não conhecia o garoto, mas também porque sabia que geraria uma crise”, esclareceu.
Apesar de defender Magrão e afirmar que as acusações eram “coisas de redes sociais”, Barcellos reconheceu que a repercussão das matérias jornalísticas influenciou o trabalho do Diretor Esportivo nas últimas semanas. “Esses acontecimentos, somados ao perfil sanguíneo do Magrão, impactaram de alguma forma no trabalho dele. E isso tira o brilho, o foco de um profissional muito importante do departamento de futebol. Ele precisa ter condição de se defender de tudo isso sem que isso seja uma pauta que, de alguma forma, atrapalhe nosso dia a dia. Então entendemos que era hora de encerrar o ciclo”, afirmou Barcellos.
Contexto e próximos passos
O presidente sugeriu que a saída de Magrão poderia ter ocorrido antes, mas foi adiada devido à necessidade de uma transição suave após a demissão do técnico Eduardo Coudet e a chegada de Roger Machado, que substituiu Coudet no comando da equipe.
Com a demissão de Magrão, o Internacional agora busca novos profissionais para o departamento de futebol. Na última semana, Felipe Becker deixou o cargo de vice-presidente da pasta, sendo substituído por José Olavo Bisol.
Conclusão
A saída de Magrão do Internacional marca um momento de crise e transição no clube. As suspeitas de irregularidades, somadas à sequência de maus resultados, pesaram na decisão do presidente Alessandro Barcellos. O clube agora busca reestruturar seu departamento de futebol para tentar voltar aos trilhos e reconquistar a confiança da torcida.
Studio Mix Esportes