Ana Marcela Cunha, uma das maiores nadadoras de maratona aquática do mundo, terminou em quarto lugar na prova dos 10 km dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, realizada nesta quinta-feira (8) no Rio Sena. Apesar de não conquistar uma medalha, a brasileira escreveu mais um importante capítulo em sua carreira, mostrando resiliência e determinação.
Cunha completou a prova em 2h04min15s, ficando a 30 segundos da vencedora, a holandesa Sharon van Rouwendaal, que conquistou o ouro após ter ficado com a prata em Tóquio 2020. A medalha de prata foi para Moesha Johnson, da Austrália, enquanto Ginevra Taddeucci, da Itália, garantiu o bronze.
"Um quarto lugar é um abismo muito grande entre ter uma medalha. Em 2008, quando fui quinta, não doeu tanto quanto agora. Mas, considerando que passei por uma cirurgia há um ano, tenho que ter muito orgulho do que fiz. Por mais que seja bem doloroso, tenho que manter a cabeça erguida e olhar para frente. Não prometo os Jogos de Los Angeles, mas tem a Copa do Mundo. É virar uma página e ver como vai ser", declarou Ana Marcela, emocionada após a prova.
Viviane Jungblut, a outra representante brasileira na maratona aquática, também teve uma boa performance, finalizando na 11ª colocação com o tempo de 2h06min15s. Ela se manteve entre as primeiras colocadas no início da prova, mas perdeu ritmo nas voltas finais.
"Faltou um pouquinho para aguentar mais o pelotão. Sabia que esse seria o grande diferencial. Fiz bastante força no começo para me manter nas primeiras posições. Queríamos mais, mas tenho noção de que entreguei o meu 100%. A prova foi bem diferente do que estávamos habituadas", afirmou Viviane.
Prova Intensa e Disputa Acirrada
Desde a largada, Ana Marcela se manteve no pelotão principal, lutando para não deixar as líderes abrirem muita vantagem. A brasileira chegou a ocupar a terceira posição em alguns momentos, mas alternou entre o quarto e o sétimo lugares durante grande parte da prova. Na última das seis voltas, ela estava cerca de 30 segundos atrás do trio líder e, apesar de tentar acelerar para buscar a medalha, não conseguiu reduzir a diferença a tempo.
Mesmo sem a medalha, Ana Marcela Cunha demonstrou sua capacidade de superação e a importância de seguir lutando, independentemente do resultado. A maratona aquática em Paris 2024 mostrou mais uma vez que o espírito olímpico vai além das conquistas no pódio, e que a dedicação e a paixão pelo esporte são, por si só, uma vitória.