Dia 27 de julho de 2024. Salvador, Bahia. Primeiro jogo do returno do Campeonato Brasileiro (na linha regular do tempo sem levar em conta os jogos atrasados). Esse é o momento exato na fracassada trajetória colorada em que o Internacional mostra sua real aspiração no ano: 45 pontos. Com todas as ressalvas, com todas as justas considerações acerca da tragédia climática de maio, com todas as dissertações e divagações sobre troca de comando, dificuldade para treinar, calendário apertado, etc, sim, vai chegar o momento que, sem ideias, sem mais saber o que dizer, e com o mesmo tom pálido e fúnebre de seu capitão no discurso pós eliminação na Copa Sul-americana, vão querer te aplicar a ideia de que os jogos atrasados
trarão o clube pra disputa de alguma coisa ainda nesse ano. Atenção! Não caia nessa. É certo que em algum momento o time do ótimo Roger Machado vai esboçar alguma evolução, mas não será suficiente para nada senão livrar a equipe da degola; o atraso não é só na tabela, é técnico. Até o treinador encaixar Borré e Valência juntos - e o segundo assimilar o que é uma linha de impedimento -, até Alan Patrick recuperar 20% do que jogou em 2023, até a defesa aprender a tirar as travas do chão na bola área na sua área, até Bruno Henrique se recuperar fisicamente, até que o time encontre um puxador de contra-ataque, até que a bola parada faça algum sentido na Padre Cacique, até que Paulo Paixão identifique que tipo de carga de trabalho deve implementar num time cansado e que joga a cada três dias, até que a saída de bola dos volantes volte a ter verticalidade, até que os meninos Gabriel Carvalho e Gustavo Prado se afirmem, até que Wesley volte a ter vitória individual contra o lateral adversário, até que Wanderson aprenda a finalizar no gol, até que Renê aceite que autoconfiança tem limite, que a grama do Beira-Rio se recupere ou que o segundo sol de Cássia Eller e Nando Reis apareça, muita coisa pode rolar, inclusive cabeças. Inter, até 2025!
Rodrigo Rocha
Studio Mix Esportes
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