Na coletiva de apresentação realizada nesta quinta-feira (18), Roger Machado apresentou suas ideias sobre o estilo de jogo e as características que pretende desenvolver no Internacional. O técnico enfatizou que, apesar de ter uma preferência por jogar com linha de quatro defensores, está aberto a variações táticas conforme as necessidades do jogo.
“A única certeza que eu tenho de preferência na minha estrutura é jogar com linha de 4. Dali para frente eu já joguei com todas e diferentes variações táticas. Joguei com linha de 5? Já. Quando eu peguei um time como foi o Atlético-MG que machuca muito com a amplitude dos laterais, por jogar com 3 zagueiros, eu desço um volante para dentro da linha ou para os corredores, dependendo daquele que tem um jogador com maior flutuação para justamente não sofrer tanto com a amplitude do campo. Tudo é possível,” explicou Roger.
Equilíbrio e Adaptabilidade
Roger também destacou a importância do equilíbrio dentro de campo. “Sobre a utilização de determinadas características de jogadores, tudo vai depender do jogo. Eu preciso fazer uma equipe equilibrada. Entre defender bem para atacar melhor se a gente acomodar estes grandes jogadores com boa relação com a bola, eu farei. Se este equilíbrio for quebrado, precisaremos ajustar,” afirmou o treinador.
A missão de Roger Machado é reconduzir o Internacional ao caminho das vitórias no Campeonato Brasileiro e virar o confronto contra o Rosario Central na Copa Sul-Americana. Zero Hora projeta que o time deve seguir o esquema tático 4-2-3-1, uma preferência do treinador que foi utilizada com sucesso em suas passagens por outros clubes, como o Juventude.
Preferências Táticas e Estratégias
Roger Machado mantém algumas estruturas táticas consistentes em suas equipes. No esquema 4-2-3-1, ele costuma utilizar dois volantes com capacidade de chegada ao ataque. Com isso, a dupla Rômulo e Bruno Gomes, usada pelo interino Pablo Fernandez, pode não ser a escolha preferencial. Aránguiz e Bruno Henrique aparecem como os principais candidatos para essa função, enquanto Thiago Maia também é considerado uma alternativa, embora tenha tido seu melhor desempenho como primeiro volante no Flamengo.
À frente dos volantes, Roger gosta de ter um meia centralizado que atue como homem-chave na linha de três atrás do centroavante. Este jogador deve ser capaz de atacar a última linha defensiva adversária. No Juventude, por exemplo, Nenê e Jean Carlos se revezavam nessa função. A expectativa é que Alan Patrick, camisa 10 do Internacional, tenha um papel central e possa potencializar suas atuações, aproveitando a liberdade para armar o jogo e atacar a linha defensiva rival.
Questões no Ataque: Borré e Valencia
Uma das dúvidas no setor ofensivo do Internacional é como Roger Machado irá utilizar Borré e Valencia juntos. Ambos jogadores preferem atuar centralizados no ataque e podem disputar a vaga de centroavante dentro do esquema 4-2-3-1.
Valencia, que teve sua estreia pelo Inter como extrema e não se adaptou bem, pode ter uma nova chance no centro do ataque. Borré, conhecido por seus movimentos de desmarque e diagonais, pode também atuar começando por fora, mas não como um extrema clássico.
Expectativas e Desafios
Roger Machado terá que lidar com questões físicas e de confiança do elenco enquanto tenta implementar seu modelo tático no Internacional. O desafio será replicar a consistência e o sucesso que obteve com o Juventude, começando pela estreia do time contra o Botafogo neste sábado (20), às 18h30min, no Nilton Santos.
Conclusão
A chegada de Roger Machado ao Internacional traz uma série de expectativas e desafios para a temporada. Com sua abordagem tática flexível e foco no equilíbrio da equipe, o treinador tem a missão de levar o time a novas conquistas. A primeira oportunidade de ver o impacto de suas estratégias será no confronto contra o Botafogo, onde a torcida e a imprensa estarão atentas para avaliar o novo rumo que o Internacional tomará sob sua liderança.
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