Há trinta anos, em um dia ensolarado de julho de 1994, o Brasil conquistou seu tão sonhado tetracampeonato mundial na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Este título, celebrado por milhões de brasileiros, não apenas reafirmou a posição do Brasil como uma potência no futebol mundial, mas também trouxe uma explosão de alegria e orgulho para uma nação apaixonada por este esporte.

A campanha de 1994 foi marcada por momentos de grande emoção, desafios e, sobretudo, pela união e determinação de um grupo de atletas que se entregaram de corpo e alma em busca do título. A Seleção Brasileira, comandada por Carlos Alberto Parreira, entrou em campo com um elenco talentoso e experiente, que soube mesclar juventude e maturidade para formar um time equilibrado e competitivo.

Dentre os heróis daquela conquista, dois nomes se destacam pela habilidade, entrega e parceria dentro de campo: Bebeto e Romário. A dupla de atacantes foi essencial para o sucesso do Brasil, proporcionando momentos de pura magia e sintonia em cada partida. Romário, com sua genialidade e precisão, foi o artilheiro da equipe e acabou sendo eleito o melhor jogador do torneio. Sua frieza na finalização e capacidade de decidir jogos em momentos cruciais fizeram toda a diferença. Bebeto, com sua agilidade e visão de jogo, complementou perfeitamente Romário, criando uma dupla de ataque imbatível.

A famosa "Dança do Bebeto", após marcar um gol contra a Holanda nas quartas de final, celebrando o nascimento de seu filho, tornou-se um ícone daquela Copa, simbolizando a alegria e a leveza com que o Brasil jogava. Esta comemoração espontânea e carinhosa tocou o coração dos torcedores e mostrou o lado humano e emocional do esporte.

Além de Bebeto e Romário, a seleção contava com outros nomes de peso que contribuíram significativamente para o tetra. Taffarel, com suas defesas milagrosas, foi um verdadeiro pilar na meta brasileira, especialmente na tensa disputa de pênaltis contra a Itália na final. A defesa, composta por jogadores como Aldair, Jorginho e Branco, demonstrou solidez e segurança, enquanto o meio-campo, com Dunga e Mazinho, garantiu a estabilidade e controle necessários para avançar no torneio.

A final contra a Itália, no lendário estádio Rose Bowl, em Pasadena, foi um teste de nervos para jogadores e torcedores. Após um empate sem gols no tempo regulamentar e na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. A tensão era palpável, mas a confiança e a serenidade de Taffarel e os batedores brasileiros prevaleceram. O erro de Roberto Baggio, chutando a bola por cima do gol, selou a vitória brasileira e desencadeou uma onda de euforia e comemoração pelo país.

Celebrar os trinta anos do tetracampeonato é relembrar um momento de união e superação, onde a paixão pelo futebol uniu uma nação em torno de um sonho comum. É homenagear uma geração de jogadores que, com talento e dedicação, escreveram seus nomes na história do esporte mais amado do Brasil. Que essas memórias continuem a inspirar novas gerações e que o espírito de 1994 siga vivo em nossos corações.

17/07/1994

BRASIL 0:0 ITÁLIA

Pênaltis: Brasil 3:2 Itália

Competição: Copa do Mundo.

Local: Estádio Rose Bowl, em Pasadena (USA). Público: 94.194 espectadores.

Árbitro: Sándor Puhl (Hungria). Assistentes: Venancio Concepción Zárate Vásquez (Paraguai), Mohammed Fanaei (Irã).

Cartão Amarelo: Mazinho, Cafu, Apolloni, Albertini.

BRASIL: Taffarel, Jorginho (Cafu, aos 21), Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho (Viola, aos 106); Bebeto e Romário. Treinador:Carlos Alberto Gomes Parreira.

ITÁLIA: Pagliuca, Benarrivo, Mussi (Apolloni, aos 34), Franco Baresi e Maldini; Albertini, Dino Baggio (Evani, aos 95), Berti e Donadoni; Roberto Baggio e Massaro.Treinador: Arrigo Sacchi.

Pênaltis: Franco Baresi (0:0); Márcio Santos (0:0); Albertini (0:1); Romário (1:1); Evani (1:2); Branco (2:2); Massaro (2:2); Dunga (3:2); Baggio (3:2).

Vamos, Brasil!

TETRACAMPEÕES DO MUNDO

Goleiros
Taffarel - Reggina (ITA)
Zetti - São Paulo
Gilmar - Flamengo

Defensores
Jorginho - Bayern de Munique (ALE)
Cafu - São Paulo
Aldair - Roma (ITA)
Márcio Santos - Bordeaux (FRA)
Ricardo Rocha - Vasco da Gama
Ronaldão - Shimizu S Pulse (JAP)
Branco - Fluminense
Leonardo - São Paulo

Meias
Mauro Silva - Deportivo La Coruña (ESP)
Dunga - Stuttgart (ALE)
Raí - PSG (FRA)
Mazinho - Palmeiras
Paulo Sérgio - Bayer Leverkusen (ALE)

Atacantes
Bebeto - Deportivo La Coruña (ESP)
Romário - Barcelona (ESP)
Müller - São Paulo
Viola - Corinthians
Ronaldo - Cruzeiro
Zinho - Palmeiras

Treinador
Carlos Alberto Parreira