A partida contra a Colômbia, a mais difícil da fase de grupos da Copa América, terminou em um decepcionante empate em 1 a 1. O Brasil, mesmo contando com cinco jogadores que atuam na Premier League, mostrou uma das piores apresentações desde a chegada de Dorival Júnior como treinador.

Raphinha foi o único destaque individual, marcando o gol brasileiro logo no início. No entanto, a Colômbia, que tem um meio-campo formado por jogadores que atuam no Brasil, dominou a partida. O esquema 4-3-3 de Dorival Júnior se mostrou ineficaz contra a forte imposição física dos colombianos. Mesmo vendo sua estratégia inicial fracassar, o treinador não conseguiu encontrar alternativas que fizessem o Brasil controlar o jogo.

Dorival pecou nas substituições, insistindo em jogadores como João Gomes e Bruno Guimarães, que cometeram muitos erros. O meio-campo enfraquecido deixou a defesa exposta e o ataque sem criatividade, principalmente na segunda metade do jogo. A única substituição que fez alguma diferença foi a entrada de Andreas Pereira no lugar de Lucas Paquetá, mas ainda foi pouco.

Ofensivamente, o Brasil estava perdido. Foram poucas as jogadas que realmente funcionaram. O setor ofensivo não se encaixou e, defensivamente, os problemas foram ainda maiores. Erros na saída de bola, inclusive do goleiro Alisson, renderam muitos sustos. Foi um jogo intenso, tenso e com polêmicas de arbitragem. Um pênalti sobre Vini Jr., derrubado por Muñoz na área, não foi marcado. O árbitro deu escanteio e o VAR, mesmo checando, mandou a jogada seguir.

O meio-campo brasileiro teve uma jornada infeliz: afobado, pressionado e impreciso. Os erros de passe dificultaram as transições ofensivas, enquanto a Colômbia ditava o ritmo com a bola. O Brasil estava caótico, com muitas bolas longas e erros de passe, um time desordenado. O resultado foi ruim, e a atuação ainda pior.

O Brasil tentou manter um jogo ofensivo, mas a falta de controle no meio-campo após a saída de Paquetá foi evidente. A Colômbia mostrou resiliência na defesa e eficácia nos contra-ataques. James Rodríguez, mesmo saindo no segundo tempo, foi crucial tanto ofensiva quanto defensivamente. Com o resultado, o Brasil chegou a cinco pontos e ficou na segunda colocação do grupo D, dois pontos atrás da Colômbia, que somou sete pontos.

Agora, nas quartas de final, o Brasil enfrentará o Uruguai, que venceu as três partidas que jogou e está 100% na competição sob o comando de Marcelo Bielsa. Esse jogo será um verdadeiro teste para a Seleção Brasileira, que precisa mostrar uma evolução significativa para não repetir os erros vistos até agora.

Em conclusão, o empate contra a Colômbia expôs a falta de preparo tático e técnico da Seleção Brasileira. Dorival Júnior precisa rever suas estratégias e tomar decisões mais assertivas. A partida contra o Uruguai será decisiva, e a seleção precisa se ajustar rapidamente para continuar na Copa América.

Robert Abel